segunda-feira, 14 de junho de 2021

JOSÉ GONÇALVES DE MELO

 



Seu José Gonçalves, como era conhecido, nasceu aos 20 dias do mês de dezembro do ano de 1875, no atual município de Upanema, mas era um cidadão macauense, por formação. Foi um industrial salineiro de expressão, proprietário da Salina Dois Irmãos, conjuntamente com seu mano Severo Honório  Gonçalves de Melo

Foi ele casado com Dona Maria Albertina Gonçalves de Melo, para todos nós Dona Dondon, e moraram sempre na Praça da Conceição, desde que nós chegamos a Macau, numa casa de três janelas e uma porta, quase confrontando com a Coluna Comemorativa, erigida na mesma Praça.

Alias, ele detém o mérito de ter sido, em sua administração como Presidente da Intendência  Municipal, quem mandou erigir, em 1922, o bonito Obelisco Comemorativa do primeiro centenário da Independência do Brasil, inaugurado no dito  1922, como se lê na placa de bronze, em substituição da original que era de mármore, afixada na face de que dá para o lado do Rio Macau, providência esta tomada pelo prefeito Albino Gonçalves de Melo, por sinal seu filho.

Seu José Gonçalves foi um homem que parecia uma máquina não para de trabalhar e, quando não tinha o que fazer, inventava serviço. Sua esposa dona Dondon, podia dizer-se que era uma dona de casa profissional, também por seu turno fazia ou participava de todos os afazeres domésticos: calma, só falava baixinho, nunca a vi aborrecida, era uma virtuosa criatura..

Do casal nasceram os seguintes filhos, que foram, pela ordem de idade: ALBINO, o mais velho, que exerceu dois mandatos de prefeito de Macau, casado e com descendência; DONA ALBERTINA (com o dona mesmo, pois assim a cumprimentava desde criança), foi professora de piano renomada, casada e sem  descendência; dona ALDALGIZA, casada com e com descendentes; FERNANDO, tinha um espirito jovial e apesar de bem velho do que nos garotos, sempre estava a participar de nossas brincadeiras, como jogar pião, dirigir um jogo de víspora, baratinho, criar pássaros, etc. Foi também proprietário de um Ford 129, na época era o máximo; LINDAVA, para todos nos Davinha, (cantora de histórias e “estórias”, a todos nós meninos, vizinhos e circunvimos, à noite, na calçada, sendo a única sobrevivente da irmandade;  e ALBERTO, solteiro, faleceu jovem, com apenas 25 anos de idade, era um pouco mais velho do que o Autor desta Memoria, mas com quem também brincou, e foi contemporâneo, em Natal, no curso ginasial, em estabelecimento diferentes.

A Casa do Seu José Gonçalves era uma espécie de continuação de nossa própria casa, onde íamos quase diariamente, até passei alguns dias por lá, quando por uma duas vezes, meu pai viajou a Natal, sem parar em Ceará Mirim, e então não nos levava consigo.

Estas recordações sejam também uma homenagem de admiração, o qual veio a falecer em sua residência, em Macau, no dia 14 de agosto de 1954. Tenho a honra de ter comparecido a suas exéquias.

FONTE – LIVRO MEMÓRIA DWE MACAU, DE HÉLIO DANTAS

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